segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A influencia do pai adotivo na musica

A convivência com Marc fez Maria se desenvolver como artista. Em São Paulo, ela se dividia entre as casas da mãe e do francês, onde passava horas no estúdio que o músico mantinha em sua residência. Mas o interesse dela pela música vem de muito antes. "Com uns 6 anos, eu tocava num piano pra criança. Vi um piano de cauda pela primeira vez num shopping, e nem pensei, saí tocando", diz a cantora paulistana, que apesar de não ter uma boa memória cronológica ("Se você me perguntar onde toquei na semana passada, eu não vou saber responder"), consegue se lembrar do episódio distante. "Quando terminei, tinha um monte de gente em volta batendo palma. Eu comecei a chorar." Sem o conhecimento da mãe e da avó, Dona Cila, Maria havia "tirado de ouvido" "Für Elise", de Beethoven, um dos números clássicos mais populares de que se tem notícia - a música tocada pelos caminhões de entrega de botijões de gás em São Paulo.

O mantra "a gente tem que ter desapego de tudo pra poder conseguir tudo",

    A mãe de Maria, Neusa, sem querer explica a filosofia que hoje parece reger o coreto da filha. A primeira viagem internacional da artista, "com 14 ou 15 anos", pode ser tomada como a interpretação extrema do conceito de liberdade. "Matei aula e fui pro Paraguai", Maria conta, sentada na posição de lótus, esforçando-se para lembrar do tipo de detalhe que não costuma guardar, como se memórias como essas não fossem verdadeiramente importantes. "Foi a primeira vez que menti pra minha mãe. Falei que ia estudar na casa de alguém e fui passar dois dias lá, eu e um amigo. A gente comprou um videocassete e um discman, desse tamanhão", gesticula, sorrindo.
                                                                     ( Maria Gadú e a Mãe, Dona Neusa)

A origem do Gadú

Desde os 10 anos, Maria deixou de lado o Corrêa. O Aygadoux,que mais tarde daria origem ao Gadú, ela dotou depois de conhecer Marc. Nascido em Toulouse, na França, o músico teve contato com Maria ainda criança, quando ainda criança, quando produziu um projeto musical do qual ela fez parte, na igreja Messiânica( a qual hoje ela não frequenta mais). Sem dizer para ninguém, Maria passou a assinar as provas da escola com o sobrenome emprestado(diga-se:Marc nunca teve nenhum tipo de relacionamento com a mãe da cantora)."A Neusa me telefonou dizendo:'Olha, Marc,estou com um problema sério'.A Mayara estava assinando as provas com meu sobrenome havia um ano e meio",lembra Marc. "Fiquei em prantos.Fui buscá-la na escola e perguntei se podia chamá0la de filha. Ela respondeu menininha, com 10 ou 11 anos:" É tudo que eu mais quero,pai'." Para quem ouve essa narrativa, a história é no mínimo surpreendente:quantas pessoas selecionam o pai de acordo com a preferência, sem nem mesmo comunica-lo? Chega a ser um exercício de loica tentar entender a estrutura familiar de Maria.Ela explica tudo de forma displicente, como se, sim, fosse realmente natural optar por um sobrenome ainda criança e ser adotada por escolha propina.




sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Papo Rápido com Gadú


 Nome Completo : Maria Gadú
 Data de Nascimento: 04/12/1986
 Sonho: Continuar cantando
 Lazer: Sair com amigos e fã clube pra beber e bater papo
 Restaurante: Buffet Mariana Vidal
 Praia: Ilha Grande ( toda)
 Viagem Marcante: Itália , 2007
 Uma Cantora: Marisa Monte
 Um cantor: Todos
 Pessoa especial: Dona Cila ( Avó )
 Livro: Filosofia Johrei - "O bom , o bem e o Belo"
 Passeio que recomenda no Rio: Uma volta na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde mora
 Uma frase: Não curto DROGAS!
 Maria Gadú em uma palavra: MÚSICA
   
                                                     ( Gadú fazendo pose de Modelo , rs )





O que Gadú espera para o seu futuro.

   De concreto, a cantora diz que pretende apenas continuar estudando seu ofício e compondo, sem pressa ("Não tenho neurose de ter ideias para compor, vou devagar e sempre", define). Sempre, esclarece, deixando os ouvidos abertos para o que vier:

"Quero compor coisas diferentes, fazer outras músicas. Hoje meu trabalho é cru, mas amanhã posso gravar algo com orquestra, por que não? Se não, você entra naquela história de dizer que Bach é melhor que Cartola. Gosto de Bach e Cartola. E Backstreet Boys, Sandy & Junior, Ivete, Alanis, Lulu, Rita, Paralamas, Pink Floyd, Korn... Como posso não gostar? São as coisas da minha época!"

Premiação como revelação do ano

Em 2009, sabe-se, rolou. Da ponta em "Maysa" - ela aparecia cantando numa boate - à consagração, Gadú vê seu caminho como natural. Mais: ela não gosta de carregar sozinha o reconhecimento como revelação do ano:



"Isso não cabe só a mim. Entro como representante de uma geração que está chegando com novos conceitos: Céu, Ana Cañas, Tiê, Mariana Aydar, Jay Vaquer, Monique Kessous... Uma geração que se articula sem formar um movimento. Nada é muito pensado, falamos do que gostamos", avalia Gadú, que compara as cantoras de sua geração com as que as antecederam. "Bethânia, Gal eram muito marcadas pela escrita masculina, mais violenta, revoltada, até pelo momento de ditadura. Eram versos que, para chegar às ruas, precisavam da adocicação feminina. Agora todas nós escrevemos, cantamos nossas palavras."

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A vida agitada de nossa Diva ,Gadú .


  Vestida com uma calça jeans justa, camiseta babylook do White Stripes e boné, Maria Gadú come com pressa o macarrão que pediu em Ipanema. Depois, diz estar passando mal por ter engolido a massa com tanta rapidez. Ela explica a fome, dizendo que acaba de se mudar para seu primeiro apartamento, na Lagoa Rodrigo de Freitas. "Entrega não tem hora, fui almoçar na minha mãe e o cara ligou: 'To chegando com a mesa'. Tive que sair correndo." A essa altura, Maria parece mais à vontade - a ponto de pegar um fio de espaguete com a mão, erguê-lo acima da altura da cabeça e leválo à boca. "Nojento isso que eu fiz, desculpa. É que eu gosto de comer com a mão. É ridículo."

   Ela mesmo comendo com as mãos , nao consegue ser mal educada , continua sendo nossa diva , e mais humilde possivel. Com a correria , e agitação , pelo seu talento reconhecido , nem para almoçar tem tempo.